Olá! Quem vos dirige estas palavras é a Raposa Peregrina, que vai escrever para esta “coluna”. Esta parte aqui, na verdade, não tem propósito ou utilidade alguma, simplesmente abordarei e colocarei o meu ponto de vista sobre temas variados. Já aviso logo de antemão que estou longe de elaborar grandes discursos, a mim não foi dado o dom da escrita, mas espero que seja o suficiente para servir de passatempo para qualquer internauta que espera por aquele donwload acabar no Torrent ou que não tem nada para fazer. Bem, dadas as devidas apresentações, vamos para o tema de hoje.
Eu amo açaí. Simplesmente fiquei viciado nessa coisinha roxa. Sempre que estou indo para casa passo numa pequena lojinha caseira de açaí que existe no caminho. Um belo dia me deparei com um papel informando que a partir de Fevereiro o preço do açaí iria aumentar, sem nenhuma explicação do porque de tal aumento. Na verdade imaginei logo o motivo: a tão temida e escabrosa crise mundial. Será que estou viajando? Será que a crise mundial afeta o preço do açaí que eu compro? Eu não sei, a moça que vende açaí pode ter aumentado sem maiores motivos, só para ganhar mais dinheiro mesmo. Porém, sendo esta a causa ou não do aumento do açaí, uma coisa que me veio á cabeça é justamente o quanto eu entendo, ou não, de economia e de como ela afeta minha vida. Vamos supor que a moça que vende açaí aumentou o preço porque, devido á crise mundial, o preço dos gêneros alimentícios nos supermercados aumentou, logo ela precisa aumentar o preço do seu produto, o açaí, para conseguir compensar o aumento da comida que ela compra. É uma hipótese um tanto quanto improvável, visto que dificilmente ela extraí toda a renda da casa dela só vendendo açaí, mas ainda sim é uma possibilidade. Fiquemos com ela para ilustrar o que eu quero dizer.
Se a causa do aumento do açaí que eu consumo foi a crise, logo está acabou influindo na minha vida, me fazendo desembolsar R$
Enfim, fazendo uma diminuição grosseira, só porque uns manés saíram fazendo orgias com dinheiro nas bolsas deu em uma merda que afetou a vida de inúmeras pessoas ao redor do mundo. Hoje em dia, assim como, creio eu, na maioria das sociedades antigas, a economia tem influência na nossa vida, no nosso cotidiano. E essa influência não é pouca, perder um emprego nesses tempos difíceis não deve ser fácil, requer uma reestruturação da vida do indivíduo e da família dele, principalmente se esta contava com a renda oriunda desse emprego. No entanto, o quanto entendemos dessa economia que influi tanto na nossa vida? Sabemos para que serve o Banco Central do Brasil, por exemplo? Sabemos quem escolhe os dirigentes econômicos do nosso país que tanto exercem influencia sobre as nossas vidas? Será que não deveríamos escolher estes dirigentes, assim como elegemos deputados, governadores e presidentes? Será que na escolha desses dirigentes não influi discussões políticas e interesses econômicos que não necessariamente são os mesmos da maioria da população? Eu acredito que sei algumas dessas respostas, outras não sei, porém todas elas acabam influindo na minha vida e na vida de mais um monte de gente. E estes “montes de gentes”, eu acredito, também não entendem muito bem como é o funcionamento da nossa economia ou da economia mundial. Não é para menos, são tantos termos técnicos e escritos confusos que muitas vezes podem deixar mais dúvidas do que esclarecer alguma coisa. Eu tento ler a coluna da Miriam Leitão, uma economista que escreve para o jornal O Globo, mas nem sempre consigo captar a mensagem. Pode ser ignorância minha mesmo, mas eu acho que não existe uma tentativa muito forte de explicar o mundo econômico a nossa volta. A ciência econômica não é banalizada, e isso não é bom a meu ver.
O que você quer dizer com isso Raposa Peregrina? Que todos nós temos que ser grandes entendedores do mundo econômico??? Não. Só penso que o povo em geral poderia pensar mais e atuar mais nas esferas econômicas, expandir seu aprendizado sobre o assunto. Admito que é difícil, desconheço cartilhas para iniciantes, apesar de supor que existam. A fala dos economistas também não ajuda, seja na televisão, nos jornais e revistas, lá estão eles com os seus terninhos arrumados e seu discurso confuso. Uma opção seria mesmo que se criasse uma consciência de pensamento econômico já nos colégios, podendo se iniciar no Ensino Médio. Aprender noções básicas como juros, taxa de câmbio, como a economia funciona, aprender os males e distorções sociais que ela pode causar e outras coisas mais. É um tópico inclusive que pode ser abordado em matérias que já estão na grade curricular, como História, por exemplo.
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